Carros elétricos no Brasil
Os semicondutores são microchips responsáveis por fazer os componentes eletrônicos do carro, como o computador de bordo, a frenagem autônoma e até a ligação entre o motor e o câmbio, funcionarem de forma correta.
A matéria prima para a fabricação deles é o silício, o segundo elemento químico mais abundante no nosso planeta, presente em cerca de 28% da superfície da Terra, só perdendo para o oxigênio, que ocupa 47%. Apenas 10 empresas são responsáveis por 72% da fabricação de semicondutores no mundo, sendo que a maioria das fábricas está na Ásia e nos Estados Unidos. No Brasil, por exemplo, só existe uma indústria fabricante de semicondutores, localizada em Porto Alegre (RS).Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), para montar um carro podem ser necessários até 1,4 mil semicondutores.
Alta na demanda durante a pandemia : Um dos fatores para a falta de semicondutores no mercado é que eles são indispensáveis em diversas tecnologias. E com o aumento das atividades de home office durante a pandemia, a quantidade de equipamentos eletrônicos produzidos foi muito maior do que em anos anteriores em todo o mundo.
Crise : houve um incêndio em uma das maiores fábricas de semicondutores do Japão e uma estiagem histórica em Taiwan, que também afetaram a produção de semicondutores, que demandam grandes volumes de água em seu processo de fabricação.
Instabilidade: O resultado disso no mercado dos carros zero km não poderia ser pior. Segundo a consultoria Alixpartners, o rombo em 2021 pode ultrapassar R$1,12 trilhão em todo o mundo. A expectativa das montadoras é que a produção se estabilize apenas no fim de 2022.
Aumento no preço dos usados: Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), modelos com quatro a 10 anos de uso tiveram uma valorização média de 13% no primeiro semestre de 2021.